Essa idéia realmente me arrebatou: fisgou-me de jeito ao associar a paixão adolescente com um tema tão desgostoso. O jogo War in Rio do carioca Fabio Lopez tem a sutileza de estratégias da arte contemporânea, e, como sugiro no título deste bostejo (diria outro admirável carioca, Marcelo Burger), dá-me um vigoroso tapa na cara; o Rio já deu-me mesmo dezenas de tapas na cara com o que pode oferecer de humilhação ou repressão - o suficiente até para deixar de visitar os amigos de mente e coração tão brilhantes que podem surgir na cidade maravilhosa... Jogo sempre me fascina, ainda mais desses que envolvem realizar atividades em grupo, e tanto podem ensinar sobre alguns potenciais da natureza humana e desenvolver nossas faculdades motoras, intelectuais e emocionais. Mapa então, é uma maravilhosa abstração do gênio humano! Genialidade no campo militar é assunto que recheia muitas páginas de nossa historiografia; pode ser complicado refletir sobre a guerra e sua importância para a cultura humana, mas definitivamente soa-me como um mau gosto este e tantos outros nomes como armas, agressão e todas as ações derivadas destas cujas palavras sugerem...
Caramba, quanta ofensa à inteligência e sensibilidade humanas querer arrebentar, cortar, perfurar, explodir! Espero que essa manifestação suprema, o amor, contagie inevitavelmente toda a expansão do nosso círculo de relacionamentos, e todas as armas sejam relegadas à inutilidade, todas as pilhas de metal resultantes refundidas em instrumentos construtivos. E a harmonia embale a humanidade em espirais glorificantes de sensações! Eu escolho como bom gosto, fluir, sentir, ver, tocar, deslizar, apoiar, apalpar, saber... Acho que o verdadeiro deleite do espírito é dançar com a matéria! Saudações aos seres humanos, à toda matéria e todo sopro que nos inspira!
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